5 de março de 2012


A segunda-feira do Anjo


Autor : Papa João Paulo II


"Segunda-feira do Anjo": essa pouco conhecida designação de uma data - o dia que se segue anualmente ao Domingo da Ressurreição (Páscoa) - foi explicada pelo Papa João Paulo II por ocasião do Regina Caeli a 31 de março de 1997. Apreciemos as palavras do Pontífice, dirigidas à multidão de atentos fiéis reunidos na Praça de São Pedro naquele dia:

"Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Hoje é a Segunda-Feira de Páscoa, tradicionalmente chamada a Segunda- Feira do Anjo porque, no evento extraordinário da Ressurreição, os Anjos aparecem, ao lado das mulheres e dos Apóstolos, como protagonistas significativos. É precisamente um anjo que, do sepulcro vazio, dirige a primeira mensagem às mulheres que ali chegam para completar o corpo de Jesus. Ele diz-lhes: «Não vos assusteis!». E acrescenta: «Buscais a Jesus de Nazaré, o Crucificado Ressuscitou, não está aqui» (Mc. 16, 6).

Os Anjos, além da Ressurreição, estão presentes com discrição em todos os momentos mais importantes da vida de Jesus. Anunciam o Seu nascimento (cf. Mt. 1, 20; Lc. 1, 26; 2, 9), guiam a Sua fuga para o Egipto e o retorno à Pátria (cf. Mt. 2, 13.19), servem-Lhe de conforto no final das tentações no deserto (cf. Mt. 4, 11) e na hora da paixão (cf. Lc. 22, 43); no fim dos tempos, estarão ao lado do Redentor no momento do Juízo sobre a história e o mundo (cf. Mt. 13, 41).

2. Os Anjos, portanto, estão ao serviço dos planos de Deus nos momentos fundamentais da história da salvacção. Como enviados de Deus, funcionam como mensageiros da Sua vontade redentora.

A presença dos Anjos é vista pela Escritura e pela incessante fé eclesial como sinal de uma intervenção especial da Providência e como anúncio de novas realidades, que trazem consigo redenção e salvação.

A festa de hoje prolonga, então, a intensa alegria da Páscoa. A Liturgia repete: «Este é o dia feito pelo Senhor: alegremo-nos e exultemos!». O anúncio pascal, que o mensageiro divino dirigiu às mulheres, é repetido a cada um de nós pelo nosso Anjo da Guarda: «Não temas! Abre o coração a Cristo ressuscitado».

3. Pondo ao nosso lado o Seu Anjo, o Senhor quer acompanhar cada momento da nossa existência com o Seu amor e com a Sua protecção, para que possamos combater a boa batalha da fé (cf. 1 Tm. 6, 12) e testemunhar, sem temor nem hesitação, a nossa adesão a Ele, morto e ressuscitado para a nossa redenção.
Invoquemos a Rainha dos Anjos e dos santos para que, sustentados pelo nosso Anjo da Guarda, saibamos ser cada dia autênticas testemunhas da Páscoa do Senhor."

(Fonte: http://www.vatican.va/)

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