5 de março de 2012

Mediunidade não é sinonimo de espiritismo.


Mediunidade não é sinónimo de espiritismo.


O Espiritismo é uma ciência filosófica com compromissos morais.

A Mediunidade é uma característica natural do ser humano,
é tão natural como ver, ouvir e falar.


Como a mediunidade é universal, existem médiuns em todas as doutrinas, religiões, culturas, civilizações e alguns bastante celebres eram, e são, ateus. Enfim, como disse é uma característica presente em pessoas de todo o mundo. Acontece que em muitos ela está como o nosso apêndice; a sua presença é ignorada, não tem qualquer utilidade, fica ali atrofiada a vida inteira e se der problemas deita-se fora, ou seja ignora-se porque este apêndice não infecta nem põe em risco a nossa vida. Mas, a mediunidade pode ser ignorada, nunca cortada. Tenho lido grandes disparates sobre "cortar" a mediunidade, mesmo em literatura, conferências e sites sobre este tema leio e oiço umas coisas estranhas sobre isto. A partir do momento em que a pessoa tem consciência do mediunismo, o trabalha e desenvolve só ela própria pode regredir através de comportamentos errados.

Muitas das confusões advêm do facto de usualmente se utilizar a palavra médium para designar quem tem uma mediunidade ostensiva, portanto, pessoas em quem se percebe claramente essa característica. Mas, na maioria de nós, a evolução do estado de latência até ao exercício consciente da mediunidade, é algo que se pode ocultar de terceiros porque somos nós que gerimos os contactos e reconhecemos as entidades. Tudo depende da natureza da sua pessoa e do respeito que tem por si própria, pelos outros e pela Luz divina.

O espiritismo utiliza a mediunidade como uma ferramenta para os seus estudos, tal como um astrónomo utiliza o telescópio como uma ferramenta para visualizar os astros. No espiritismo utiliza-se a mediunidade para o intercambio entre os espíritos desencarnados e o mundo material. Transcrevo um comentário que li no site "Pensamentos Humanistas":

"O ponto em que o Espiritismo se apoia, que para uns pode ser uma questão de fé, é a possibilidade de comunicação com Espíritos que outrora viveram no plano terrestre como homens encarnados. Este ponto, por si só já é um facto que a Ciência, cega, não consegue nem provar nem refutar.

Podemos citar, por força do hábito, o mais famoso caso de comunicabilidade com os Espíritos desencarnados através da mediunidade do nosso saudoso Chico Xavier. A sua mediunidade, por ser mais ostensiva que a maioria dos médiuns conhecidos, brindava-nos não só com livros e mensagens magníficas de além-túmulo, mas também nos dá provas irrefutáveis de que ele servia de intermediário para a comunicação dos ditos falecidos com os seus entes queridos ainda em missão na Terra. Este é, acho que para os que não partilham da ideia Espírita, o mais conhecido facto que compõe o acervo de fatos que a própria Natureza nos mostra.

Podemos também rememorar os fatos das mesas girantes, que no século XIX serviram para Allan Kardec como ponto de partida para a codificação da Doutrina Espírita. Como este, centenas de milhares de outros casos podem ser vistos na História, muitas vezes atribuídos ao demónio, capeta, diabo ou satanás, que sabemos que nada mais foram, algumas das vezes, do que homens de moral duvidosa que habitaram corpos materiais e, após encerrar a actividade orgânica, não os tornavam santos na ultra tumba, permanecendo obsedando a sociedade.

Para não nos determos no perímetro do Espiritismo, podemos citar diversos cientistas, despojados da visão cartesiana que lhes é peculiar, pesquisam milhares de casos que sugerem a reencarnação nos quatro cantos do mundo. Um deles é Ian Stevenson, notável cientista que reuniu centenas de casos que sugerem não só a reencarnação mas também as Experiências de Quase Morte (EQM). Podemos citar também o filme espiritualista, Minha Vida em Outra Vida, baseado em factos reais, que também é bastante esclarecedor com relação ao tema reencarnação.

Podemos também citar o cientista inglês William Crookes, que com suas experiências interagiu em plano físico com um espírito materializado de alguém que se denominava Katie King, inclusive eu recomendo fortemente àqueles que não acreditam no pós-vida, que pesquisem e leiam sobre este magnífico e corajoso cientista, que nos ofertou tão rico material de estudo.

Por fim, deixo-vos aqui um link para alguns vídeos, que foram transmitidos pela Discovery Channel, que falam justamente sobre algumas evidências que, para nós Espíritas, são provas irrefutáveis da Reencarnação."


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Existem muitos tipos de mediunidade, médiuns videntes (que vêem os espíritos), de psicofonia (que falam sob influencia dos espíritos), de psicografia (que escrevem sob influencia dos espíritos) e muitos mais, fica a sugestão para lerem O Livro dos Médiuns onde este assunto é amplamente desenvolvido e muito bem explicado.

Já todos ouviram falar de alguém que atende e deita cartas, ou búzios, ou runas... normalmente chamam espíritas ou bruxos a essas pessoas o que não é absurdamente incorrecto, pois colocando de lado os casos de fraude, são conhecedores com dom ou mediuns que usam os oráculos para obter as respostas. Para alguns esta é uma forma errada de utilizar a mediunidade mas, com toda a certeza que não são espíritas.

Como exemplo temos as Aparições em Fátima, os pastorinhos tinham educação Católica, não eram espíritas mas sim mediuns. Eles até tinham mediunidades diferentes, a Lúcia e a Jacinta viam e ouviam a Senhora que lhes apareceu, enquanto que o Francisco só a via, não tinha na sua mediunidade capacidade para a ouvir. Mas nestes casos ninguém acha a mediunidade negativa e chamam-lhe milagre. Milagres não são práticas de mediuns nem de espiritas, mas sim do Criador porque só o Senhor tudo pode.

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