19 de fevereiro de 2012

Quem são os Anjos?







O culto dos Anjos, desenfreadamente difundido nos dias de hoje, surge por todos os lados, especialmente no mundo cibernético, onde é difícil encontrar artigos de fonte segura. Basta fazer uma pesquisa num qualquer motor de busca para se constatar as gritantes trapalhices sobre o tema. Numa amalgama de misticismo, ocultismo e esoterismo, os seres angelicais parecem pertencer ao plano das fadas e duendes – muitas vezes, a sua representação é até desrespeitosa pois parecem bonequinhos da Walt Disney, foliões e irresponsáveis. Uma série de fantasias e mentiras ultrajam a existência divina dos Anjos.


Infelizmente, na internet faz-se o jogo do Anjo Negro Lúcifer, o pai da mentira, que semeia no campo da ignorância o que é propício para uma fácil conquista dos aflitos, desesperados, doentes, desamparados, assim como dos gananciosos, preguiçosos, mentirosos e manipuladores que procuram uma via fácil para atingir fins.

Os gregos denominaram os Anjos como Daimones, o que significa génios ou seres sobrenaturais. Nessa categoria grega encontramos os obreiros de Deus: gnomos e duendes (terra); fadas e silfos (ar); salamandras (fogo) e ondinas (água). O nome Daimones, porém, corresponde à palavra "demónio" para os autores eclesiásticos. Este facto desperta uma grande curiosidade sobre o tema, já que os interesses religiosos fizeram de tudo para que isso não chegasse ao conhecimento popular - principalmente nas Cruzadas, onde textos e escrituras foram eliminados em nome de Deus.

Os Anjos que protegem os seres humanos são diferentes dos Daimones que ficam fora do nosso controle. Eles, os Anjos, são perceptíveis ao nosso conhecimento mas é difícil mantermos o contacto, ainda que seja possível sintonizarmo-nos com eles.

Assim como nós estamos presos à terra pelas leis da gravidade e não podemos ficar suspensos no céu, os Anjos teriam dificuldade em ficar connosco na terra. O que lhes dá a consistência necessária para a sua permanência entre nós é a luz ou energia da nossa aura. De uma forma mais simples, poderíamos dizer que a aura é para o Anjo o mesmo que o oxigénio é para nós. Se estamos bem, automaticamente são reforçadas a nossa simpatia e presença positiva e mais atractiva será a nossa aura.

Quando estamos tristes ou deprimidos a nossa aura diminui e obscurece, revelando negatividade, e o Anjo de Luz distancia-se; a negatividade dá força ao nosso Anjo Contrário. Estarmos em sintonia com o nosso Anjo da Guarda é anular, neutralizar a força do génio contrário também conhecido por Anjo Negro. Com a renúncia ao negativismo a vida há-de prosperar, já que Deus é prosperidade e quer que nós também prosperemos.



Algures, li que quando fazemos uma oração, o nosso Anjo não ouve nem sente o pedido. Nesse momento a nossa aura mudaria de cor e é isso que ele compreende. Fala-se muito sobre as cores que a nossa aura assume em diversos estados de espirito, quando experimentamos diversos sentimentos. Sobre isso nada sei, nem considero importante esta informação, o importante é dominarmos os nossos sentimentos negativos, as mágoas, os arrependimentos, as culpas, os traumas, o julgar os outros… tudo o que corta o contacto com os nossos Anjos de Luz.

Também já li que os Anjos estão de volta. Esta frase é um pouco estranha porque eles nunca se foram, ou irão, embora. Analisando as religiões milenares existentes, podemos observar a presença destes seres em todas elas, com diferentes formas e com os mais diversos nomes. Anjos são os mensageiros e emissários de Deus, estão sempre ao nosso lado, mesmo que nunca na vida lhes tenha dado atenção. Diría que são os nossos "treinadores" da vida, orientando, conduzindo, protegendo e até mesmo incentivando, ou corrompendo e destruindo. Tudo depende de quem cultivamos e cultuamos; o Anjo de Luz ou o Génio Contrário, Anjo Negro

Os Anjos são como os nossos pensamentos. Sabemos que existem e que de uma forma ou de outra estão sempre em acção, sem limites! Estes seres maravilhosos podem manifestar-se à nossa volta, usando todos os tipos de artifícios necessários, para que entendamos os seus "sinais", eles podem até assumir a figura humana. Quem já não teve na vida uma experiência em que quando já não havia esperança surge alguém que salva a situação ou que nos conforta?





Pois são exactamente eles...São os nossos Anjos que vêm em nosso auxílio num momento de desespero, eles intercedem directamente ou incentivam alguém a ajudar. Constantemente, eles enviam-nos mensagens, apenas temos que estar atentos.

Os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida do que a nossa, podendo "prever" eventos que fisicamente poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras físicas, como a gravidade, densidade, velocidade etc.
 
Dentro do Cristianismo Esotérico e da Cabala, são chamados "Anjos" os espíritos num grau de evolução imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao dos Arcanjos.

Atenção, também estamos sugeitos à energia contrária. Diga-me se não reconhece estes episódios: "Não sei como é que desapareceu, podia jurar que estava aqui.", "Não percebo porque é que discutiu comigo, não lhe fiz nada.", "Na altura de sair o carro não pegou.", "Não sei como foi possível não ouvir o despertador", "Não sei o que me passou pela cabeça para cometer um erro daqueles?!".

Se nos distanciarmos do que é realmente importante na nossa passagem por esta vida, distanciamo-nos dos nossos Anjos de Luz e aproximamo-nos dos Anjos Negros. Quando maior for esta distância da Luz mais dificil será vislumbrar o amor divino, e, mais estaremos a agir contra a palavra de Cristo e contra a harmonia universal. Faremos então o que não é para nós positivo fazer, empatamos, confundimo-nos, precipitamo-nos no caminho da desarmonia.


Em pleno século XXI, há de novo uma vaga que agita as consciências sobre o desenvolvimento da espiritualidade. Esta vaga propaga-se através do auto-conhecimento, da prática da solidariedade, do estudo de temas religiosos ecuménicos, esotéricos, cientifícos e filosóficos.

Ao longo do meu desenvolvimento espiritual vim a entender que quando cultivamos os ensinamentos de Cristo, tornamo-nos ecuménicos pois acabamos por nos distanciar daquilo que foi, e é, manipulado pelo homem com interesses políticos e materiais, para virmos a reconhecer em todas as grandes doutrinas a mesma filosofia expressa por culturas diferentes.



Nenhuma religião, na sua essência filosófica, ideológica, dogmática ou ritualística, insita à violência, à guerra, à ganância, ao genocídio… O que acontece é que como os escritos antigos estão cheios de simbolismos e metáforas, estas são manipuladas por fundamentalismos repletos das piores características dos homens.

O que é que na Bíblia e doutrina católica justifica a acção da Inquisição e a vida luxuosa dos  directores da Igreja que se querem seguidores da vida de Cristo?

O que é que no Corão justifica o radicalismo e terrorismo praticado por muçulmanos?

O que é que no Hinduísmo justifica os sacrifícios animais e humanos e a segregação das castas?

E por aí fora… Afinal Jesús expulsou os mercadores do templo e ainda hoje quase todos, de todas as religiões, têm um qualquer comércio em paralelo e devida propaganda.

Deus é uno, energia e conhecimento, amor e perdão, luz e misericórdia, infinita sabedoria. Cada religião O descreve à luz das palavras dos seus profetas, da influência da sua cultura e da experiência de vida dos seus crentes. Do seu ponto de vista, todos narram o mesmo.

Talvez para nos esclarecermos em absoluto, tivessemos que ler todos os livros sagrados, incluindo os destruidos e escondidos, para depois numa assembleia mundial, intercultural, os despirmos dos preconceitos e fantasias do homem e das religiões até ficarmos apenas com a Palavra do Senhor. Na impossibilidade de realizar esta tarefa, resta-nos simplesmente olhar para dentro de nós, perceber quem somos, conhecer sem medo as nossas fraquezas, erros e preconceitos. Se cuidarmos do nosso espirito como cuidamos do nosso corpo e carreiras profissionais, com criatividade e dedicação, também encontraremos a Palavra do Senhor.


Hoje, constatamos que as pessoas estão a sentir-se órfãs de religião, amputadas da sua espiritualidade e razão de viver. O estudo dos Anjos pode resgatar a verdadeira força da fé e reatar o homem a Deus. Dessa forma, sintonizados numa vibração superior, todos nós poderemos iluminar o futuro. Através da comunicação com o mundo angelical, conseguimos obter ajuda para que a nossa passagem terrena seja vivida da melhor maneira possível, para nós e para o universo.

Para contactar o nosso Anjo existem rituais com dia e hora apuradas pelos cabalistas hebreus, mas, este contacto depende principalmente da essência das nossas vidas, da natureza da nossa motivação para o desenvolvimento espiritual. Não esquecendo o amor a nós mesmos, aos outros seres vivos e à própria Natureza, evitaremos o mau uso dos nossos dons e do contacto com estas entidades.

A angeologia é para mim o tema mais fascinante das ciências esotéricas, talvez por ser uma entidade transversal a todas as religiões. Tudo o que é considerado um dogma deve ser transformado em dúvida para depois ser questionado. A angeologia sublinha a ideia de que Deus está presente em tudo e em todos, principalmente nas coisas mais simples da vida. 


O Anjo representa a energia e a isenção do conhecimento de Deus; quando falamos em Anjos associamo-los às visões bíblicas ou aos milagres. Segundo Santo Agostinho, os Anjos possuem as suas próprias virtudes/características e, agindo sob o nome de Deus, podem manifestar-se nos homens através de pensamentos e ideias - eles são seres inteligentes capazes de interferir no nosso intelecto. Os Anjos de Luz auxiliam-nos conferindo-nos inteligência positiva, boa vontade, solidariedade, mente aberta e a escolha certa entre várias opções. A inteligência livre leva sempre à verdade e a verdade leva sempre ao bem. Os homens erram, porque os seus conhecimentos são adquiridos por etapas, ignoram lições, engendram informação, cedem à preguiça e à ganância… Mas, a verdade é que independentemente da fé de cada um, os Anjos estão connosco no caminho para Deus.


Porque é que as pessoas acreditam em Anjos? Precisamente pelo que acabei de dizer, eles estão em todas as religiões, são seres iluminados e não levam em conta o registo dos nossos actos negativos, portanto, não perdoam porque não lhes compete a eles julgar. Os Anjos nunca nos abandonam pois não sofrem os efeitos do tempo.

"Nos primórdios da criação da humanidade algumas forças criadoras, denominadas "Grandes Hierarquias Criadoras", trabalharam incansavelmente para a concepção de um Espírito de Grupo onde estava concentrada, em forma de energia, o que viria a ser, mais tarde, a espécie humana.

Com o passar do tempo, este Espírito de Grupo foi-se desenvolvendo até se converter em matéria e poder então receber uma alma para se transformar na residência do espírito interno, que define a personalidade individual. Inicialmente, o espírito individual era pouco evoluído e portanto foi necessário que entidades com um conhecimento muito elevado viessem em seu auxílio para lhes transmitir a palavra de Deus. Foi assim que surgiram os Anjos."

Esta é apenas uma das muitas teorias que existem para o surgimento dos Anjos, para mim não são relevantes pois o que me interessa não é como é que Deus criou os Anjos mas sim, o facto do Anjo ser o instrumento divino através do qual uma essência ou força de energia específica, mensagem, pode ser transmitida aos homens. Esta "rede de zeladores" é organizada de modo a abranger sob as suas asas toda a humanidade e os seus propósitos, para o melhor (Anjo de Luz) e para o pior (Anjo Negro ou Caído, Génio Contrário). As asas simbolizam a sua capacidade de fazerem o caminho entre o céu e a terra, atravessando as várias dimensões. 

Os primeiros registos sobre Anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um Anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C., introduzidos pelo Imperador romano Constantino, que sendo pagão, converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante.

Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos Anjos foi considerada dogma da Igreja.


Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era idolatria e que os Anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C., no Sétimo Sínodo Ecuménico, definiu-se dogma somente em relação aos Arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael. Os escritos essénios, sociedade da qual Jesus fazia parte, estão repletos de referências angelicais.

No Novo Testamento, os Anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e "ressurreição". Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron, príncipe dos Serafins.

São Tomás de Aquino dizia que os Anjos são seres cujos corpos e essências são formados por um tecido da chamada luz astral. Eles comunicariam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas.


Na verdade, o fascínio pelos Anjos é quase tão remoto quanto o sentimento religioso da humanidade. A sua figura misteriosa, etérea, já inspirou poetas, músicos, cineastas, filósofos... 
Mas, há algumas décadas atrás eles pareciam tão desacreditados quanto as cegonhas que traziam os bebés de Paris - mesmo entre as altas hierarquias católicas. No Catecismo Holandês, de 1966, passaram a ser vistos como um "elemento peculiar da cultura antiga". 


Curiosamente, enquanto perdiam pontos entre os teólogos da Igreja, no coração dos homens os Anjos voltavam à popularidade que já gozaram noutras eras.
Nos últimos anos temos vindo a observar um renascer angélico. Nos Estados Unidos, onde uma pesquisa da Gallup revelou que 75% dos adolescentes acreditam verdadeiramente neles, proliferam associações e jornais angeológicos. Em Itália, foram organizados vários seminários sobre este tema celestial. No Brasil, segundo a pesquisa realizada o ano passado pela Saldiva e Associados Propaganda, 91% da população de São Paulo e Rio de Janeiro acredita na protecção do Anjo da Guarda. O que há por trás desta crença da parte de quem nunca se dedicou a este tema? Da parte de quem se inibe em declarar publicamente este sentimento?


A partir da década de 90, que tem sido chamada pelos esotéricos "a década dos Seres de Luz", estes mensageiros de Deus passam a estar cada vez mais presentes na vida consciente do ser humano. Para muitos a utopia é viver em cooperação com eles, como acontecia no princípio dos tempos, quando o homem convivia de maneira natural com estes ministros de Deus. Por isso nutrimos intuitivamente uma atracção por eles.

Existem grupos para quem a Angelologia é a ciência que estuda o contagiante mundo dos Anjos, sendo estes os grandes agentes da circulação energética no cosmos. Uma vez que a palavra "Anjo", é originária do grego angelos que significa mensageiro, este é o ser que estabelece a ponte entre as esferas celestiais e o plano em que vivemos. Sendo, como vimos, transversais a várias religiões é sublinhado o seu papel de auxiliares do desenvolvimento humano. Curiosamente, os primeiros papas da Igreja aconselhavam os fiéis a criarem Anjos "artificiais" (imagens), dada a importância de poder dispor de um canalizador de energia nos momentos de necessidade. Aliás, muitas vezes criamo-los, até inconscientemente, como formas-pensamento, aplicando a visualização criativa.


Para todos o Anjo é um ser essencialmente passivo; se uma pessoa não for permeável às suas influências, ele jamais interferirá no seu livre-arbítrio. No fundo, o que ele inspira é amor, a qualidade que abre as portas do coração e da mente dos seres humanos, e o que lhes dá é o conhecimento do lar celestial.
Mas quem quiser beneficiar da acção dos Anjos na sua vida, sentir assim uma felicidade crescente, deve possuir algumas qualidades indispensáveis a qualquer aspirante. Simplicidade, humildade, rectidão e solidariedade são atributos essenciais. Além do hábito de cultivar pensamentos, palavras e actos o mais elevados possível deve empenhar-se em fazer algo realmente grandioso de todas as coisas, reconhecendo a presença divina no seu quotidiano.

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